Mulheres são maioria nas cadeiras executivas da Endemol Shine Brasil, maior produtora de conteúdo independente do mundo

Elas representam 65% dos funcionários da Endemol Shine Brasil

Nani Freitas acaba de assumir como CEO da empresa no país

São Paulo – novembro de 2021 – A Endemol Shine Brasil, pertencente à Banijay, maior conglomerado de conteúdo audiovisual e independente do mundo, vem, há alguns anos, alterando a forma de se produzir conteúdo audiovisual, entregando formatos de sucesso e se consolidando cada vez mais como referência nesse mercado. Parte dessa trajetória vem da valorização da empresa em questões como diversidade, equidade e inclusão. Prova dessa visão da Endemol é demonstrada nos cargos de liderança da empresa onde 7 são ocupadas por mulheres do total de 10.

É cada vez mais urgente e importante olhar para assuntos tão discutidos na sociedade, como o empoderamento feminino, por exemplo, dando espaço para que mulheres ocupem cargos de liderança”, diz Nani Freitas, que acaba de ser promovida à CEO da Endemol Shine Brasil. “O problema da desigualdade de gênero é estrutural. Temos uma construção histórica e social que consentiu e ampliou a desigualdade entre homens e mulheres. E a jornada pela paridade de gênero no mercado corporativo ainda é um longo caminho”, completa Nani.

Um levantamento feito pela BR Rating, agência de rating de governança corporativa do Brasil, aponta que, apenas 3,5% das corporações têm mulheres atuando como CEOs. A pesquisa também mostra que os homens ocupam 84% dos cargos de diretoria e as mulheres 16%, enquanto os cargos gerenciais contam com 81% de homens e 19% de mulheres. 

Curiosamente, as mulheres são maioria da população no Brasil. A participação delas no mercado de trabalho aumentou pelo 5º ano seguido, mas as mulheres ainda seguem ganhando menos que os homens e ocupando, cada vez menos cargos gerenciais. É o que aponta as Estatísticas de Gênero divulgadas recentemente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo o IBGE, a remuneração do trabalho para elas é, em média, 22% menor que a deles e essa diferença chega a 38% em cargos gerenciais.

Por conta disso, cada vez mais as empresas estão mexendo peças do tabuleiro na busca de se reinventar. Na Endemol Shine Brasil, só neste ano, 64% das contratações foram de mulheres.

Na diretoria da empresa estão Nani Freitas como CEO, Ana Nunes como Vice-Presidente de Finanças, Ana Lobo como Vice-Presidente Comercial e de Atendimento, Izabela Ianelli como Diretora de Digital, Mare Leal como Diretora de Vendas e Branded Content, Fernanda Abreu como Head de Licenciamento e Natasha Szaniecki como Head de Comunicação e RP.

Sempre procuramos pessoas talentosas, mas quando recebemos um currículo ou uma indicação de uma mulher, costumamos ter um olhar mais atento, diz Nani. “Não nos importa se ela tem filhos ou se pretende tê-los. Buscamos mulheres capazes, habilidosas, e que no fim do dia, independentemente de ter de levar o filho ao pediatra ou acompanhar uma reunião na escola, sabemos que vai entregar um bom trabalho”, finaliza.

Endemol Shine Brasil está aberta a novos desafios

Com um catálogo recheado de realities de sucesso, como BBB, The Masked Singer e Casamento às Cegas, a Endemol Shine Brasil pode entrar em breve em mais um nicho de mercado: o das séries e produções de dramaturgia. Nani Freitas, CEO da produtora, admite que a empresa “tem interesse” em desenvolver produtos de ficção seriada.

Em entrevista exclusiva ao Notícias da TV, a executiva afirma que a empresa está preparada para este novo desafio: “Estamos sempre abertos às novidades. Produzimos conteúdo, independentemente do gênero. Nossa expertise é entregar entretenimento de altíssima qualidade; por isso, digo que nossas portas estão sempre abertas para a produção de qualquer conteúdo audiovisual”.

“Estamos preparados para isso e contamos com uma equipe altamente capacitada para produzir todo o tipo de formato. Inclusive, temos interesse! (risos)”, complementa a profissional.

Desde novembro, Nani lidera a operação da empresa no Brasil. “Sempre me dediquei muito ao trabalho, comecei cedo no mercado de TV e sou apaixonada por produção. Me enche de orgulho e satisfação ser uma CEO mulher, aos 40 anos, de uma das maiores produtoras do Brasil.”

“Minha principal missão é continuar fazendo a empresa crescer em todas as pontas, oferecendo o melhor serviço de produção, emplacando grandes formatos e fazendo da Endemol uma empresa extremamente eficiente, que não tem medo de inovar. Além disso, quero continuar trabalhando com todos os profissionais incríveis e competentes que já estão do meu lado, com mulheres incríveis que estão nessa jornada comigo. Sem essa equipe maravilhosa, não seríamos o que somos hoje”, pontua.

Responsável por formatos como BBB, MasterChef e No Limite, a Endemol Shine Brasil emplacou em 2021 duas novas produções que caíram no gosto popular: o The Masked Singer (Globo) e o Casamento às Cegas (Netflix).

Em todas as produções adaptadas, o caminho costuma ser o mesmo: estudamos cada detalhe e analisamos todas as características culturais para que tenham personalidade e cara própria, mesmo já tendo sido produzidas em outros países. Cada lugar tem seu jeito de pensar, suas comidas, roupas, gírias e músicas típicas, por exemplo, e fazemos um estudo profundo antes de começar cada produção.

“Casamento às Cegas foi uma grande produção, com muitos profissionais envolvidos. Nosso objetivo é sempre fazer a melhor versão (risos), e é nisso que pensamos quando começamos a adaptação e o desenho de uma nova produção. No caso do Casamento às Cegas, conseguimos, né?”, comemora Nani, que recebeu a encomenda da gigante do streaming para uma nova leva de episódios.

Novos modelos e produções

Em 2021, a Endemol lançou um modelo de negócio bem diferente em relação ao que já era feito no Brasil. A produtora ofereceu o formato do The Masked Singer para a Globo já com tudo pronto: cenário e apresentadora definida — no caso, Ivete Sangalo. A Globo cedeu apenas alguns de seus artistas para o júri e auxiliou a produção.

Na parte financeira, Globo e Endemol dividiram os lucros da publicidade. Como foi um sucesso comercial, o talent show deu muito dinheiro para ambas as partes. Tudo foi tão bem-sucedido que a Globo colocou uma segunda temporada no ar já em janeiro de 2022, nas tardes de domingo.

“É um negócio inovador que reuniu parceiros importantes para que o projeto fosse esse sucesso. Acreditamos em projetos modernos e diferentes. E, por isso, não temos medo de ousar e de estar sempre em busca de fazer a diferença”, destaca.

Com uma cartela diversificada de formatos, a produtora tem parcerias com Globo, Record, Band, MTV, Netflix, HBO Max, entre outros. Nani explica que “não existe conflito” entre estes diferentes players do mercado: “O que temos é uma relação de muita parceria, verdade e honestidade com todos os nossos clientes. Além de, é claro, muita responsabilidade e dedicação para entregar o melhor produto e serviço para todos. É nisso que acreditamos, numa relação de parceria com uma entrega com muita qualidade. Esse é o nosso foco”.

Para 2022, além das novas temporadas dos formatos citados anteriormente, a empresa desenvolve realities inéditos no Brasil para a HBO Max. “Temos o The Bridge, com apresentação de Murilo Rosa, que promete muita adrenalina, e o Queen Stars, que conta com Pabllo Vittar e Luiza Sonza como apresentadoras e que, garanto, vai trazer muito brilho, representatividade e diversão”, comenta.

No entanto, Nani revela que a tão esperada versão nacional do RuPaul’s Drag Race não está neste horizonte. “Não possuímos os direitos de produção do formato no país”, entrega.

Além dessas atrações, a empresa tornou-se referência na produção de realities de branded content, ou seja, conteúdos personalizados para divulgação de empresas. Em 2021, Anitta foi a estrela do Ilhados com Beats, programa que misturou entretenimento e publicidade para uma marca de cerveja.

“Desenvolver um bom material audiovisual pode ajudar a ampliar o alcance de uma marca. O segredo, acredito, é engajar e gerar um envolvimento real por meio do conteúdo. Hoje, as marcas entendem que o consumidor absorve os produtos num formato orgânico e que isso traz um resultado efetivo. Se a marca gera um conteúdo que o consumidor se identifica e gosta, independentemente de quem está pagando a conta, o engajamento é certo”, reflete.

 

Matéria original de Notícias da TV.

Indústria do streaming aquece reality shows, diz consultor mundial da Endemol

De passagem pelo Brasil, o britânico Paul Hardy, um dos quatro consultores mundiais da Endemol Shine, uma empresa da companhia Banijay, conversou com a Folha de São Paulo por uma hora, na sede da empresa no Brasil, com exclusividade. Falamos sobre a relevância do streaming no crescimento do gênero, a necessidade de gerar identificação no público, absorvendo bandeiras sociais e pautando a conversa da audiência, e da perspectiva de o Brasil passar a exportar formatos criados aqui.

Dona de sucessos como “Big Brother”“Masterchef” e “Casamento às Cegas”, a empresa lidera a produção mundial de reality shows, com um catálogo que se estende a mais de 300 formatos.

Foi uma aula.

Acompanhado por Renato Martinez, vice-presidente de Venda de Conteúdos e Aquisições da Endemol Shine Brasil, e por Natasha Szaniecki, chefe de Comunicação, Relações Públicas e Mídias Sociais da empresa no Brasil, Hardy falou por mais de uma hora.

Conversamos sobre a criação de formatos híbridos, que mesclam ideias de grande potencial, e sobre o impacto da cultura local no sucesso de um mesmo reality show em diferentes países. Seu principal trabalho, aliás, é visitar cada nação para auxiliar os produtores locais na adaptação de cada receita, apontando o que pode ou não funcionar em cada região.

Entre os realities que aqui chegaram em 2021, a empresa já confirma para 22 uma segunda temporada de “Casamento às Cegas”, título que representou o maior impacto sobre o público brasileiro no menu da Netflix neste ano, “Rolling Kitchen”, com Paulo Vieira no canal GNT, e “The Masked Singer Brasil”, um dos títulos mais vistos da Globo na linha de shows semanais em 2021.

Paul Hardy, consultor mundial da Endemol.

Eis o que Hardy nos conta sobre:

STREAMING

No momento, com a entrada dos streamings no Brasil, isso ajuda muito a gente a fazer coisas novas. Existe uma demanda muito grande e os streamings são mais ousados que os canais de TV abertos e pagos. Durante a pandemia, aconteceram muitos formatos de não-ficção, por exemplo, como Canta Comigo [Record]. E tem o game show também, outro modelo em expansão. Tudo o que é não-ficção as pessoas botam no pacote de reality, e a gente tem uma vasta gama de formatos de não-ficção.

A Endemol Shine e a Banijay são duas empresas que têm formatos disponíveis no mundo interio para diferentes públicos. Muito provavelmente a Endemol tem alguns dos maiores talentos nesse território.”

MISTURA TUDO

Vão começar agora a surgir formatos híbridos, como dating show [namoro] com cozinha. Há uma tendência pela mistura de gêneros, gastronomia, música, romance. Hoje, os streamings estão sem medo de arriscar, de tentar coisas novas, agora arriscam e estão vendo que dá certo.

Na pandemia, o reality se desenvolveu mais porque era possível gravar reality e não dramaturgia.”

IDENTIFICAÇÃO

O reality se aproxima do espectador, de pessoas como nós, em competição como nós temos, fazendo coisas que a gente gosta de fazer, mesmo quando são famosas. Isso cria uma identificação da audiência com esses shows.

A história a ser contada é o mais importante, com o afeto que isso traz ao público.”

(“Quer dizer: all we need is love?”, pergunto. “Exatamente”.)

Além disso, complementando, nesse momento de pandemia, com todo mundo em casa e tudo mais sombrio, o reality permite que a gente se veja na tela, o ser humano é curioso. Às vezes você vê alguém falando uma grosseria e você vê aquilo, não quer dizer que seja vilão, quer dizer que nós também erramos: é a curiosidade humana sobre o nosso comportamento, de amor, de estresse, de competição, e por isso o reality vai além da dramaturgia.”

O MAIOR BROTHER DO MUNDO

Por mais que os reality shows sejam chamados de reality show leve, é difícil fazer porque não tem um roteiro, trabalhamos com o inesperado, com horas e horas e horas de gravação. É um processo diferente, não são atores e atrizes, são pessoas dizendo o que fazer.

Em todo país onde hoje tem ‘Big Brother’ o programa faz sucesso. O australiano é bem legal. O da África do Sul e Espanha também.

O do Brasil é o maior do mundo.”

(Martinez: “O Brasil é o único país onde o Big Brother estreou e nunca saiu do ar, ano a ano. Em outros países, o formato descansa, aqui, não.”)

Temos uma conta que mostra que tem mais gente que assiste ao Big Brother do que à Copa do Mundo.

Reality shows é algo que nós conhecemos.”

NA COZINHA

No Masterchef hoje, eles percebem que o sonho pode se tornar realidade. Quem sai dali pode se tornar um chef, abrir um restaurante, ou vai trabalhar com gastronomia. As pessoas também se reaproximaram da comida na pandemia.”

NOVAS IDEIAS

Nessa época de pandemia, principalmente, as pessoas que trabalham com entretenimento na Endemol e Banijay puderam se juntar virtualmente para entender os formatos antigos e os formatos novos, e de que forma isso pode se misturar para fazermos outras coisas.

Temos um novo formato francês, ‘Dominós’. É um formato de construção de dominós, com uma competição de times que fazem esse tipo de coisa e de cenários complexos.

Tem também o ‘Hungry for Love’, formato que tem uma pessoa como pretendente a um namoro, e ela cozinha junto com outros três pretendentes a romance.

São formatos mais híbridos, e meu trabalho vai ser mais interessante com isso.”

CRIAÇÃO À BRASILEIRA

Falta a gente fazer algo para o Brasil, por brasileiros para brasileiros, que ganhe o mundo. O Brasil daqui a pouco vai produzir e exportar formatos. Os streamings estão querendo isso, olhando para isso. Como o Brasil é um celeiro de talentos, muito provavelmente daqui a pouco estaremos criando aqui.

Eu acabei de fazer um date show na Espanha para Inglaterra, e esse mesmo reality vai para Finlândia, Alemanha, Noruega.

Cada país fala o que funciona e o que não funciona, e juntos, vão construindo os programas. Essa troca é muito legal.

Um bom reality show é um reality experimental, caso do ‘Casamento às Cegas’, que pareça familiar e estranho ao mesmo tempo à audiência, mas precisa gerar identificação.”

ENGAJAMENTO SOCIAL

O Big Brother tem se adequado às demandas da sociedade, a partir de movimentos como o antirracismo, o Me Too e as próprias demandas trazidas pela pandemia. Temos que parar e pensar como refletir o que está em discussão, sobre raça, idade, gênero. O ponto de partida disso vem do ano passado, em 2020.

Queremos diversidade não é só na frente da tela, tem de vir de trás, dos bastidores, da criação, da direção.

É uma responsabilidade nossa colocar esses assuntos dentro dos nossos programas e às vezes a sociedade não está pronta para isso, mas é também uma responsabilidade nossa captar e pautar esses assuntos.”

Endemol Shine Brasil e Vibra Digital lançam loja online oficial do MasterChef Brasil

Plataforma NaPrateleira já conta com mais de 70 produtos licenciados da marca, como utensílios de cozinha e eletroportáteis

São Paulo, dezembro de 2021 – A Endemol Shine Brasil, parte da Banijay – maior produtora e distribuidora de conteúdo independente do mundo, em parceria com a Vibra Digital, empresa de inovação do Grupo Bandeirantes, focada no desenvolvimento de novos negócios e soluções digitais pautada em dados de consumo de conteúdo e responsável pela estratégia digital dos canais digitais do Grupo Bandeirantes, e a Band lançam loja oficial para venda de produtos licenciados MasterChef Brasil na plataforma NaPrateleira.

O MasterChef Brasil, desde 2014 no ar, já bateu a marca de 13 temporadas no país. A loja virtual da marca vem para coroar esse formato, que é um dos mais duradouros da televisão brasileira.

Estamos muito felizes com essa realização. Trabalhamos sempre para levar a experiência MasterChef Brasil para dentro da casa das pessoas e para além das telas. Nessa parceria com a Vibra, encontramos o melhor caminho para facilitar a compra dos produtos licenciados, pois o marketplace NaPrateleira atende o Brasil todo com segurança e qualidade”, afirma Fernanda Abreu, Head de Licenciamento da Endemol Shine Brasil.

Liderado desde 2015 pela executiva Fernanda Abreu, o departamento de Licenciamento da Endemol Shine Brasil é responsável pela representação de marcas e personagens da empresa no país, transformando o entretenimento em uma experiência completa para clientes e consumidores.

Atualmente, são mais de 70 produtos na nova loja oficial do MasterChef Brasil e para 2022 a expectativa é de 200 itens. “Estamos desenvolvendo um ecossistema que propicie ao consumidor a experiência do entretenimento associada a oportunidade de consumir produtos e serviços em um ambiente unificado. Fechar a parceria com a Endemol e lançar a Loja oficial do MasterChef dentro da nossa solução de Market place, o “ Na prateleira”, é estratégico para alçarmos voos ainda maiores nessa frente”, comenta Rosangela Wicher, head de Business Development e da frente de ecommerce da Vibra.

Entre os itens de MasterChef Brasil, licenciados pela Endemol Shine Brasil, disponíveis na loja oficial estão: adesivos; convites de aniversário; faixas decorativas; facas; embalagens e bandejas para doces e salgados; pegadores de aço inox; modeladores de arroz; cortadores; carretilhas; espátulas; peneiras; colheres; descascadores; tábuas; pegador de panela; luva; raladores; chapéu; e aventais.