Endemol Shine Brasil leva ‘reality shows’ a todos os lugares

O interesse contínuo dos espectadores pelos “reality shows” fez da Endemol Shine uma das maiores e mais prolíficas forças desse segmento no mundo. Agora, a companhia de origem holandesa – dona de formatos como “Big Brother”, “MasterChef” e “The Wall” – está usando a experiência de criar, produzir e distribuir esses programas para explorar novos segmentos. No Brasil, a empresa reforçou os negócios de conteúdo para marcas, fechou acordos com serviços de streaming e vai estrear em um gênero inédito em sua trajetória: o documentário.

“Nosso desafio é descobrir maneiras de trazer novidades a formatos consagrados. A inovação não está só nas produções, mas também dos modelos de negócio”, diz Nani Freitas, CEO da Endemol Shine Brasil.

A empresa desenvolveu 20 projetos no país neste ano até agora – 13 foram finalizados e os demais estão nas fases de pré-produção, produção ou gravação. O número é semelhante ao do ano passado, quando a Endemol produziu 21 programas diferentes. “Dobramos o faturamento em 2021 e a expectativa é fechar este ano com crescimento de 20%”, afirma Freitas.

Entre os fatores que deram impulso ao desempenho estão os acordos com as plataformas de streaming. “Até dois anos atrás, esses serviços basicamente só se concentravam em dramaturgia, mas isso mudou”, diz Renato Martinez, vice-presidente de venda de conteúdo e aquisições da Endemol Shine. O interesse do streaming ajudou a companhia a diversificar a base de clientes, antes orientada quase exclusivamente à TV, e a testar mais formatos comerciais.

Quando chegou ao Brasil, duas décadas atrás, a Endemol Shine só licenciava seus produtos. Mais tarde, passou a coproduzir parte dos títulos. Hoje, também presta serviços sob encomenda – adaptando e produzindo “realities” que não são sua propriedade – e atua na concepção dos “originals”: formatos desenvolvidos no país.

Renato Martinez, VP de Content Sales e Acquisitions, e Nani Freitas, CEO da Endemol Shine Brasil.

“Essa evolução faz parte do processo de maturação do mercado”, diz Martinez. Nos últimos anos, a produção audiovisual ganhou força no país, impulsionada pela Lei da TV Paga (Lei 12.485/2011). Ao garantir espaço para as produtoras independentes, a legislação ajudou a conduzir o mercado até sua fase atual, afirma o executivo.

Os “originals”, nos quais a Endemol tem grande interesse, variam em relação aos direitos autorais. A companhia pode manter-se dona do programa, colocando-o em seu catálogo internacional, ou vender a propriedade para um canal de TV ou serviço de streaming. É o caso “Queen Stars Brasil”, competição de drag queens que a Endemol criou e produziu para a HBOMax.

Entre os formatos de terceiros, exemplos recentes incluem a produção de “Casamento às Cegas” para a Netflix e de “Rio Shore” para a Paramount+/MTV.

“Reality shows” fazem enorme sucesso no Brasil. O formato chegou ao país no início dos anos 2000 e desde então coleciona histórias de sucesso. O Big Brother Brasil, por exemplo, está no ar ininterruptamente desde que estreou na Globo em 2002. Na edição de 2020, entrou para o livro dos recordes com um “paredão” entre os rivais Manu Gavassi e Felipe Prior. O embate bateu o recorde mundial de votação em um “reality show”: 1,5 bilhão de votos, mais de sete vezes o total da população brasileira.

Para a Endemol, outro campo que tem crescido é o do conteúdo patrocinado, com “realities” feitos com exclusividade para uma marca. A companhia começou a atuar nessa área em 2017, com “Cabelo Pantene”, criado para a Procter & Gamble.

As ações de conteúdo patrocinado são discutidas diretamente com anunciantes e agências publicitárias. O desafio é integrar o produto ao entretenimento de maneira a estreitar o relacionamento da marca com os consumidores. É o que os profissionais de marketing chamam de engajamento. Do ponto de vista da produção, diz Martinez, planejar e produzir esse tipo de conteúdo é mais rápido que os formatos destinados à TV.

No ano passado, a Endemol lançou o “reality” “Ilhados com Beats” para a cervejaria Ambev, com transmissão pelo Instagram. Comandado pela cantora Anitta, o programa conseguiu atrair, em menos de 24 horas, cerca de 1 milhão de seguidores para o perfil da marca Skol Beats na rede social.

Para a Samsung, a companhia produziu o “Let’s Dance com Nightography”, transmitido pelo YouTube e o TikTok, famoso pelas “dancinhas” dos usuários. No programa, influenciadores tinham de apresentar coreografias usando o aparelho Galaxy S22 5G, da fabricante coreana.

Os programas destinados a marcas deram à Endemol Shine o Prêmio Caboré de melhor produção no ano passado. Pela primeira vez, diz Freitas, uma casa de criação saiu vencedora com conteúdo patrocinado.

As mídias digitais tornaram imperativo considerar a multiplicidade das janelas de exibição na hora de planejar o conteúdo, afirmam os executivos da Endemol Shine. “MasterChef”, por exemplo, vai ao ar na TV aberta, no YouTube e na TV paga, em dias diferentes ao longo da semana. O programa é reforçado com conteúdo adicional exclusivo transmitido pelos seus canais de internet.

O próximo passo na rota de expansão da Endemol Shine vai ultrapassar a fronteira dos programas sem script, como “realities” e competições. Em coprodução com a Globo, a empresa prepara uma série documental sobre a apresentadora Xuxa Meneghel, com direção de Cassia Dian e Pedro Bial. O documentário, que vai contar a vida de Xuxa desde a infância em Santa Rosa (RS), será exibido no Globoplay.

 

Matéria escrita por Revista Valor Econômico.

Endemol Shine Brasil participa do evento RIO2C

Nossos executivos fizeram parte de 4 painéis durante 3 dias do maior encontro de criatividade da América Latina!

Abrindo a participação da Endemol Shine Brasil no evento, Izabela Ianelli, nossa Diretora de Digital, mediou um bate-papo sobre “Construção de narrativa para e pela geração Z”, com Suzana Pamplona Miranda, Diretora de Pesquisa e Conhecimento da Globo, Andre Abdala e Salomão Abdala, da Abdala Brothers, e Sandra Lehner, da SL Alemanha.

No segundo dia, nosso VP de Criação, Eduardo Gaspar, participou de um painel sobre “Formatos originais com alcance global”, ao lado das queridas Elisa Chalfon, Diretora de Séries Originais Brasileiras de Não-ficção da Netflix, e Luisa Barbosa, Diretora-executiva de Não-ficção da Conspiração Filmes. A conversa foi mediada por Roberto D’Ávila, Diretor da Moonshot Pictures.
Além disso, no painel da HBO Max sobre Conteúdos de Não-ficção, o ator e apresentador Murilo Rosa, contou detalhes sobre The Bridge, formato e produção da Endemol Shine Brasil para a plataforma.

Já no sábado, tivemos presença dos nossos executivos em 2 palestras. Edu Gaspar fez sua segunda participação, dessa vez falando sobre “Como adaptar formatos internacionais”, mostrando cases da Endemol Shine Brasil, como o The Masked Singer, Casamento às Cegas e Canta Comigo. Na sequência, Ana Lobo e Mare Leal, VP e Diretora do departamento de Branded, respectivamente, falaram sobre “O boom do Brand Entertainment e dos realities no Brasil”, também apresentando alguns cases, como Ilhados com Beats, Sobe Junto, Gincana da Grana, entre outros.

Quem fez a cobertura de tudo isso foi Natasha Szaniecki, nossa Diretora de Comunicação e PR, ao lado da equipe de imprensa da FT Estratégias.

Ufa! Foi incrível, né? Muito obrigada a todos que prestigiaram nossos Executivos durante esses três dias, esperamos que tenha sido tão enriquecedor para todos quanto foi para nós!

Sobe Junto: flow e diversidade marcam estreia do reality da Budweiser

Com apresentação de Thamirys Borsan e Froid, com BK e Tássia Reis como jurados fixos, além de outros convidados incríveis do mundo da música

 

Falar de rap e trap no Brasil é falar de diversidade, por definição. […] Nesse sentido, a chegada do reality Sobe Junto, criado e produzido pela Endemol Shine Brasil em parceria com a Agência Africa para a marca Budweiser, acerta ao apostar na diversidade como pilar do programa.

Créditos: Kelly Fuzaro

Disponível desde o último dia 26 no Bud Play, canal de entretenimento da Budweiser no YouTube, o Sobe Junto segue uma estrutura simples de reality musical. Seis grupos se enfrentam em episódios com uma prova e um desafio principal. De quebra, recebem a mentoria de ícones da indústria, como Gloria GrooveMC Carol e Bia Ferreira. O trunfo, no entanto, está na inclusão de corpos diversos, trans, pretos, asiáticos e gordos, que materializam essa necessidade de inclusão que o rap e o trap propõem.

Não tem pessoas transmasculinas na mídia e muito menos gordas, então nós temos de ser as referências“, diz Juppiter, membro do bonde Rap Plus Size. “Somos sobreviventes da periferia, trago no som a guerra, o combate“, explica Kyriê, que dá nome a um dos bondes. “Mulher também pode estar na voz, também pode fazer rap, fazer trap“, reflete Edien Black, do bonde Kell C. Logo nos dois primeiros episódios, composições propostas pelos grupos giram em torno de temas como a importância da representatividade e os desafios enfrentados por pessoas negras.

[…]

Com apresentação de Thamirys Borsan e Froid, com BK e Tássia Reis como jurados fixos, o reality convidou artistas igualmente representativos para ajudar a orientar os grupos a cada episódio. Já nos dois capítulos de estreia, quem aparece é Gloria Groove, MC Carol e Bia Ferreira. Em cada aparição, uma identificação diferente dos bondes participantes. “Minha maior referência de rapper feminina“, diz uma das cantoras, Kiara, ao conhecer Bia. Até o fim da competição, nomes como o duo Badzilla, o cantor Marcelo D2Filipe RetRico Dalasam e o próprio Xamã, aparecem como jurados especiais.

O bonde vencedor do Sobe Junto vai tornar-se um embaixador da Budweiser e apresentar-se em diversos eventos patrocinados pela marca no Brasil e no mundo.

 

Clique aqui para ler a matéria original completa no site da Rolling Stone.