A representatividade LGBTQIAP+ no audiovisual

A luta pela representatividade de identidades de gênero nas produções audiovisuais não é nova. Artistas LGBTQIAP+ como Divina Valéria, Divina Nubia e Rogéria foram precursoras, desde meados dos anos 1960, do movimento que tem ganhado cada vez mais força ao longo dos anos. […] A causa trouxe resultados: ícones da cena, como as drags Marcia Pantera, Tchaka e Salete Campari, por exemplo, aparecem no episódio 4 de Queen Stars Brasil, reality show apresentado por Pabllo Vittar e Luísa Sonza que busca coroar as próximas estrelas drag queens.

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Nesse aspecto, reality shows como The Cut e Queen Stars Brasil são ferramentas importantes para atingir um público além da comunidade LGBTQIAP+ e também na educação da sociedade contra o preconceito.

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Para Reddy Allor, Leyllah Diva Black e Diego Martins, as drag queens que formam o trio Pitayas, vencedor da primeira temporada de Queen Stars Brasil, o pensamento é similar. “Hoje minha família vê minha arte como um trabalho e não uma brincadeira”, diz Reddy Allor, integrante do grupo e estrela do queernejo (subgênero musical que busca trazer a representatividade LGBTQIAP+ para o universo sertanejo). “Eles me assistem vendo quem eu sou, uma drag queen que quer quebrar barreiras e está na TV”. Desde a vitória no programa, elas se tornaram uma fonte de inspiração para outras pessoas interessadas na arte drag.

“Quanto mais artistas como nós aparecem, mais talentos surgirão e poderão se inspirar nisso”, opina Diego Martins. “As pessoas têm a oportunidade de conhecer outros estilos, afinal somos diferentes da Pabllo Vittar, por exemplo, e de tudo que há no mercado”, complementa Leyllah Diva Black. “Tenho recebido muitas mensagens de pessoas dizendo que se inspiram em mim, é mágico ver que consegui chegar nesse lugar e incentivar pessoas a chegarem lá também.”

Pitayas: Diego Martins, Leyllah Diva Black e Reddy Allor.

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“Um programa com mais de 20 drags, cada uma de um canto, mostrando toda essa variedade de sotaques e talentos é ótimo”, opina Diego. “Além disso, você consegue se identificar com o todo de uma pessoa, com as fragilidades, as conquistas e, automaticamente, se encaixar nisso”, completa Reddy.

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“É um caminho de evolução. Quanto mais conteúdo de qualidade e engajamento gerado, maior será a possibilidade de continuar fazendo e ampliando essa audiência”, arremata Leyllah.

 

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